Em fase de pesquisa e pré produção, documentário Orquídeas Pretas será rodado no ano que vem, sendo que nesta primeira fase, serão oferecidos oficinas de capacitação em cinema, para mulheres interessadas em fazer parte da produção, além de todo o desenvolvimento de pesquisa necessário para a construção de uma obra potente.
Segue em fase de pesquisa e pré produção os trabalhos para o desenvolvimento do documentário Orquídeas Pretas que mostrará a força e, principalmente, a representatividade da mulher preta joinvilense. O foco do projeto é dar visibilidade às histórias de mulheres que tiveram extrema importância no samba da maior cidade catarinense, além de confirmar a força motriz da mulher em qualquer sociedade, principalmente onde a raça e o gênero ainda seguem sendo temas acalorados de debates. A ideia é fazer um levantamento de quem são essas mulheres, contar suas histórias, apresentar momentos marcantes desde a década de 1960 até
os dias atuais. O projeto é idealizado, coordenado e roteirizado por Marinaldo de Silva e Silva, em parceria com Taysson Bett da Madrigal Filmes, diretor geral e proponente ganhador do edital da Lei de Incentivo à Cultura Paulo Gustavo, contando com uma grande equipe que inclui: pesquisadora, figurinista, diretora de arte, diretora musical, interprete de libras, entre outros.
Nesta primeira parte do projeto, além do lançamento do teaser do documentário, serão oferecidas seis oficinas de capacitação, gratuitas, para mulheres interessadas em fazer parte da segunda fase. Será dado preferência na escolha à mulheres, preferencialmente pretas, que sejam de bairros periféricos da maior cidade catarinense.
Orquídeas Pretas mistura música, cultura, moda, e será uma importante ferramenta audiovisual que dará suporte tanto para acadêmicos como para a sociedade em geral, assim como de pessoas interessadas em conhecer um lado da história pouco retratado. e muitas vezes esquecido pelos pesquisadores e historiadores, onde mulheres pretas ocupam seu lugar em meio a uma sociedade patriarcal e predominantemente germânica, tornando-as assim, símbolo de resistência, exemplos para as novas gerações.
O nome do documentário faz alusão às orquídeas negras (da espécie Orchidaceae)flores extremamente belas e que chamam a atenção dos apreciadores. Apesar do seu nome sugerir que as suas pétalas seriam de fato negras, a cor real desta variação de orquídea é um vermelho extremamente escuro, sendo uma das espécies mais fáceis de serem cultivadas em casa. Soma-se a isso, o fato do seu nome fazer parte de músicas famosas e até algumas histórias fictícias, fazendo da orquídea negra uma simbologia poderosa de austeridade, autoridade, poder e ousadia. Outro fator sugerido é a partir de Joinville enquanto Cidade das Flores. Sendo
assim, nada mais justo que homenagear essas mulheres negras, com esse título. Flores poderosas de sua cidade, e dos seus tempos.
Nessa primeira fase, teremos a apresentação do projeto, e das entrevistas para e imprensa, no mês de outubro. As oficinas gratuitas acontecerão a partir do mês de setembro.
Entrevistadas na fase de pesquisa
Luiza Verônica da Costa
Nascimento 1934 – 90 anos
Dona Luiza esteve sempre acompanhando Zelândia (Dona Fioca) nas ações que envolviam o Kênia Clube, viveu em prol de levantar o nome e o clube, para que se transformasse em uma sociedade reconhecida por pessoas negras e não negras. O Kênia Clube, foi um dos primeiros clubes negros de Santa Catarina, hoje ele é reconhecido como Patrimônio Imaterial de Joinville.
Dona Luiza e Zelândia fizeram da Sociedade Kênia um espaço cultural, multi-diverso por conta de sua resiliência.
Maria do Rocio Kösten
Nascimento 1958
Eleita a mulher negra mais linda de Joinville na década de 70. Nascida no Bairro Guanabara, no final da década de 1950, Maria do Rocio Kösten, popularmente conhecida como Maria da Dáda (em alusão ao apelido carinhoso de sua mãe), representa o retrato da mulher preta empoderada, não só por sua beleza marcante – que lhe rendeu tanto benefícios quanto alguns problemas – mas por sua humildade e simpatia.
Alessandra Cristina Bernardino
Pedagoga, Assistente Técnico Pedagógica na Secretaria Estadual de Educação, tem experiência como professora de séries iniciais, ensino médio e ensino superior, com ênfase em Educação e Estudos das Relações Étnico raciais. Assumindo seu lugar de fala com muita referência e criatividade, escreveu a sinopse do samba enredo da Escola de Samba Príncipes do Samba de 2023. É pós-graduada em Psicopedagogia e Especialização em Fundamentos e Organização Curricular. Articuladora Comunidades Remanescentes Quilombolas de Joinville, Araquari no estado de Santa Catarina.
Oficinas de cinema
(setembro/outubro)
- Câmera e Áudio – com Renan Bett e Gabriel Bazt
- Direção – com Renan Bett e Gabriel Bazt
- Maquiagem para Cinema – com Daniela Machado
- Iluminação – com Flavio Andrade
- Produção – com Mari Silveira
- Fechamento e Prática – com todos os oficineiros
Equipe
Marinaldo de Silva e Silva – Idealizador, Coordenador Geral e Roteirista
Taysson Bett (Madrigal Filmes) – Diretor Geral e Proponente
Soraia Silva (Capital Criativo) – Identidade Visual e Catálogo Didático
Renan Bett (Madrigal Filmes) – Diretor Cinematográfico
Gabriel Bazt – Diretor de Fotografia
Marili Terezinha Cardoso Narciza – Pesquisadora Cinematográfica
Clair Curvelo de França – Diretora de Arte
Priscila Lourenço – Diretora Musical
Daniela Machado – Maquiadora e Pesquisadora Maquiagem de Época
Fran Ferreira – Fotógrafa
Monica Roberta de Oliveira Costa – Figurinista (Pesquisadora de Figurino de Época)
Nubia Amorim dos Santos – Intérprete de Libras
Rodrigo Domingos – Assessoria de Comunicação
Mari Silveira – Oficina de Produção
Flavio Andrade – Oficina de Iluminação
Thiago Cordeiro Rosa – Auxiliar Administrativo
Laerte Ferraz – Contador
Acompanhe a primeira fase do projeto pelo site: https://orquideaspretas.com.br instagram: @orquideas.pretas
INFORMAÇÕES
Marinaldo de Silva e Silva – Idealizador, Coordenador Geral e Roteirista
Telefone: 47 98447 4230
Site: capitalcraitivo.net
Instagram: @poetamarinaldo