Fisioterapia tem sido aliada no tratamento de sequelas pós-AVC. No Dia Mundial do Cérebro (22/7) vem à tona a relevância de se observar esse importante órgão humano. A estimativa é que a cada cinco minutos, um brasileiro morra após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) – o popular derrame.
No contexto mundial, a estimativa é que uma em cada quatro pessoas tenha um AVC algum dia. Apesar de em Santa Catarina as perspectivas serem um pouco mais positivas, porque, se comparadas ao cenário nacional o número de ocorrências caiu 33,5% nos últimos 10 anos, de acordo com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Datasus, ainda é preciso que a população fique atenta para situações assim.
Um AVC pode trazer como sequelas mais comuns dificuldade em movimentar o corpo, alterações na face, dificuldade para falar, alterações visuais, incontinência urinária e fecal, confusão e perda de memória, além de depressão e sentimento de revolta. A professora do Centro Universitário Avantis – UniAvan, mestre em Fisioterapia e doutora em Ciências da Reabilitação Daniele Peres traz um alento para quem precisa de reabilitação após sofrer com essas sequelas.
“O papel da fisioterapia é buscar a reabilitação, a recuperação funcional deste paciente, tentando deixá-lo mais independente possível. São vários os métodos possíveis em diversas áreas, não apenas na fisioterapia neurofuncional, que está diretamente ligada ao cérebro, mas também na fisioterapia urogineco, que contribui em casos como os relacionados à incontinência urinária e fecal”, salienta.
A doutora destaca ainda um projeto de extensão universitária destinado a pacientes com sequelas sensório-motoras pós-AVC. Ele é realizado sempre às segundas e quartas-feiras, das 17h às 18h. O retorno da atividade para o segundo semestre está previsto para o dia 2 de agosto.
Outros laboratórios de fisioterapia
Os laboratórios de fisioterapia da UniAvan desenvolvem um importante serviço à comunidade local de Balneário Camboriú e região ao se colocarem à disposição de maneira gratuita para atender demandas relacionadas a problemas em que o papel do fisioterapeuta se faz extremamente importante. Como por exemplo o Fisiotrans, um serviço exclusivo para atendimento fisioterapêutico pélvico para pessoas que fizeram a cirurgia de mudança de sexo. O Fisiotrans foi iniciado com um projeto de conclusão de curso orientado pela professora e fisioterapeuta Angelise Mozerle e hoje está apto para atender a demanda local.
Destacam-se ainda os quase 600 pacientes recuperados pós-covid-19. A UniAvan tem o primeiro serviço de atendimento gratuito a pacientes do Litoral Centro-Norte de Santa Catarina. O laboratório de fisioterapia contribui com indivíduos com quadros de dificuldades respiratória e motora e que necessitam desse trabalho para retomar à vida normal. O coronavírus provoca inflamações principalmente no pulmão, o que gera fibrose no tecido pulmonar e acarreta a diminuição da capacidade respiratória do paciente. Em casos mais graves, se o paciente passou por uma UTI e precisou ser intubado, o corpo sofre com a agressão do tratamento, e a recuperação é lenta e repleta de cuidados.