É isso mesmo que você leu: por que não viver ou então ter um negócio em um container? A solução vem se destacando por ser prática, sustentável e versátil. Entenda os motivos!
Não dá para pensar em arquitetura sem falar em sustentabilidade. É urgente – e necessário – investir em iniciativas e soluções que poupam recursos naturais, buscam o reaproveitamento e evitam a degradação ambiental. Uma delas é o uso de containers para compor residências e projetos comerciais.
Sem dúvidas, trata-se de uma opção que reduz – e muito – os resíduos, em comparação com as construções de alvenaria. Para a produção de areia e cimento, por exemplo, é necessário utilizar grandes volumes de recursos naturais. E mais: o processo libera gases causadores do efeito estufa.
Com o container, a base já vem prontinha (e o melhor: ela não fica enferrujando em depósitos ao ser inutilizada para o transporte de cargas). Depois de limpa e devidamente tratada, é só fazer o acabamento com drywall ou steel frame, duas técnicas que são naturalmente mais econômicas no que diz respeito à quantidade de materiais. Além disso, o tempo de entrega é bem mais rápido: apenas três meses (as casas tradicionais levam mais de um ano para serem entregues).
Exemplo bem-sucedido
A arquiteta Bruna Sposito, do Sum + Studio, acompanhou de perto as vantagens desse método. Ela é a responsável pelo projeto do Hostel Container, localizado na Praia de Canasvieiras, em Florianópolis (SC), e enumera os pontos positivos. “Rapidez na entrega, obra limpa, sustentabilidade e possível realocação dos containers para outro terreno”, comenta. Sim, dá para levar tudo se a ideia for mudar de local!
Outro benefício é que a terraplanagem não necessita de movimentações intensas de terra. Por isso, fica pronta mais rápido e ainda dispensa o uso de muitos recursos financeiros.
Com 250 metros quadrados, o estabelecimento planejado por Bruna é composto por oito containers de 40 pés. Todos foram apoiados em pontos estruturais de concreto, conhecidos como sapatas, que garantem firmeza aos módulos. E, uma vez que a construção não está totalmente apoiada na terra, mantém-se a permeabilidade da superfície. Assim, não há alagamentos nem acúmulo de água.
Em relação à planta, o projeto conta com uma ala comum aberta equipada com piscina, sala de jogos, espaço de churrasco, área de convivência e quadra para esportes. Há também ambientes fechados coletivos, como recepção, sala de TV, cozinha, banheiro social e local destinado às refeições. Afinal, compartilhar vivências e bons momentos é a premissa de todo hostel!
Na parte dos quartos, é possível escolher opções que acomodam quatro e seis pessoas (todos os ambientes são suítes e têm de 14 a 18 metros quadrados). Por falar na área de descanso, a disposição de cada container foi pensada especialmente para garantir conforto. “Estudamos as mudanças climáticas no local durante o ano e também analisamos as edificações vizinhas. E, a partir de então, situamos os módulos no terreno de forma que a ventilação estivesse garantida em todos os quartos”, ressalta Bruna.
O meio ambiente – e os clientes – agradecem!
Sobre a arquiteta:
Bruna Sposito comanda o escritório SUM + Studio de Arquitetura, em Florianópolis. A profissional é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFSC, possui intercâmbio acadêmico pela Politécnico di Milano, na Itália e é especialista em Retail Design e Visual Merchandising pelo Instituto Europeu de Design.
Contato: (48) 99117- 9363
Instagram: @sum.std