Com a correria do dia a dia, nem sempre conseguimos parar e refletir sobre a forma como vivemos a nossa vida. O que sentimos ao perder algo? O que estamos fazendo para, de fato, viver? A morte é um tema que segue como tabu na sociedade, mas é uma proposta de discussão interessante. É essa ideia que a médica e escritora Ana Claudia Quintana Arantes apresenta no livro “A morte é um dia que vale a pena viver”. Em toda a sua vida profissional, a médica enfrentou dificuldades para ser compreendida, para convencer que o paciente merece atenção mesmo quando não há mais chances de cura.
A segunda sessão do clube do Livro NK está marcada para quarta-feira, dia 26. Os encontros são guiados de forma dinâmica para proporcionar uma interação entre os participantes. Começa com a crítica literária da jornalista e curadora do clube, Adriana Krauss. Em seguida, os participantes podem apresentar opiniões a respeito da obra.
Adriana diz que valeu a pena ler “A morte é um dia que vale a pena viver”: “Descobri que falar sobre a morte faz bem para a vida. É um livro necessário, dos jovens aos idosos, não apenas para quem está partindo ou se despedindo de alguém. Com maestria, excelentes reflexões e vivências, Ana Cláudia Quintana Arantes lembra-nos aquilo que é óbvio, mas que ignoramos diariamente: nossa finitude. Precisamos pensar e conversar mais a respeito. Precisamos refletir sobre as estatísticas que revelam que a maioria de nós morrerá doente e não repentinamente, num estalar de dedos ou dormindo. Essa ‘sorte’ é para poucos”.
A jornalista diz que, cientes dessas informações, a pergunta é: como mudamos o nosso hoje? “Como nos preparamos para esses dias futuros num leito de hospital e percorremos um caminho sem volta com o mínimo de dor e o máximo de amor possível? Precisamos refletir sobre a lista de arrependimentos mais comuns relatados pelas pessoas no leito de morte. Com o livro, também aprendi sobre cuidados paliativos, uma área na qual a saúde brasileira, tanto a pública quanto a privada, ainda precisa melhorar muito”.
Ela complementa recomendando a leitura a prefeitos, vereadores, deputados, governadores, gestores, médicos e demais profissionais da saúde, mas não só a eles, a todos que respiram e que pretendem fazer da sua despedida um dia que vale a pena viver. “É o que eu quero, aproveitar até o último segundo, especialmente para dizer: obrigada, valeu a pena, o livro e a vida”, finaliza Adriana.
A escolha do livro “A morte é um dia que vale a pena viver” foi feita pelos próprios membros do clube em uma votação on-line. A cada encerramento de sessão, uma nova enquete é aberta para a escolha da próxima obra a ser discutida no clube. Novos participantes são sempre bem-vindos.
Para o terceiro encontro, que será no dia 7 de agosto, a enquete para escolher os livros será lançada no Instagram @shoppingneumarkt no dia 27 de junho, assim como as inscrições para novos participantes. Na enquete, serão escolhidos os dois livros mais votados. Depois, os participantes do Clube do Livro inscritos no terceiro encontro escolherão, entre estes dois, o livro que será lido.