Festival Brasileiro da Cerveja reúne mais de 18 mil pessoas e consolida novo formato em Blumenau

Cerca de 18 mil pessoas celebraram a cultura cervejeira na Capital Brasileira da Cerveja nos últimos dias. De 12 a 15 de março, o Festival Brasileiro da Cerveja reuniu seis programações para todos os envolvidos no setor: de apaixonados pela bebida a apreciadores em bons momentos, produtores, sommeliers e cervejarias. Esta foi a 16ª edição do evento que acontece em Blumenau (SC).

Para Péricles Espíndola, presidente da Associação Blumenau Capital Brasileira da Cerveja (ABCBC), o saldo do evento é muito positivo. “Sabemos que implementar um novo modelo é um processo de médio prazo. Neste primeiro ano, estamos muito satisfeitos com os feedbacks das cervejarias e do público que confiou na experiência que propusemos”, afirma. “Essa complementariedade de eventos com a Festa e o Festival deu muito certo”, diz.

Programação com seis eventos terminou neste sábado (15). Data para 2026 já está confirmada: de 4 a 7 de março. Divulgação

Carlo Bressiani, diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM), diz que o retorno das cervejarias é absolutamente positivo. “Foi o primeiro evento cervejeiro depois da pandemia que teve troca de informações, momentos de descontração e celebração das cervejarias, que sobreviveram a momentos muitos difíceis e estavam se reencontrando com a Capital Brasileira da Cerveja”, diz.

Toda a programação do Festival Brasileiro da Cerveja foi realizada pela ABCCB e pela Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM), com apoio da Prefeitura Municipal de Blumenau. A data do evento está confirmada para 2026: de 4 a 7 de março, no Parque Vila Germânica.

Festival Brasileiro da Cerveja: novo formato aprovado por expositores e pelo público

O novo formato do Festival Brasileiro da Cerveja contou com mais de 200 cervejarias, que serviram quase 1.000 rótulos diferentes da bebida. O consumidor comprou um ingresso, que tava acesso ao evento e todas as degustações foram realizadas livremente, sem uma nova cobrança de ingressos. O formato agradou ao público e aos expositores. O ambiente democrático promovido pelos estandes em tamanho padrão e número de cervejas limitados por marca manteve o foco na diversidade da cerveja brasileira.

Para Luís Celso Jr., que atua no mercado cervejeiro há 18 anos como sommelier e consultor, o novo formato funcionou muito bem. “Degustar uma grande variedade de rótulos diferentes num mesmo local, pagando uma só vez, é só a ponta do iceberg. O formato traz outras vantagens, como poder conversar com os donos, cervejeiros ou representantes das marcas sobre as bebidas e a forma como foram feitas”, conta. “Além disso, os estantes iguais dão a mesma oportunidade para todas as cervejarias, não importando se elas podem investir mais ou menos na ‘pirotecnia’ das decorações. Eu gostei muito”, acrescenta.

Festa Brasileira da Cerveja: acessível, solidária e divertida

Uma das novidades deste ano foi a Festa Brasileira da Cerveja, que se tornou um desdobramento do Festival, com 40 marcas que também estavam no Festival Brasileiro da Cerveja, somada a gastronomia e música. O objetivo foi tornar o evento mais acessível, com ingressos solidários a R$ 30,00.

A solidariedade, aliás, foi outra marca do evento, que teve doação de alimentos não perecíveis para a Casa São Simeão e também uma ação de sacolas-surpresa de cerveja para incentivo ao Basquete Feminino de Blumenau e a construção do Centro de Atenção à Saúde (CASA).

Concurso Brasileiro de Cervejas: premiadas

Com mais de 2,5 mil amostras inscritas, o Concurso Brasileiro de Cervejas teve suas premiações entregues durante a programação do Festival Brasileiro da Cerveja. A grande vencedora da edição de 2025 foi a Big Jack Cervejaria, de Orleans (SC), que se consagrou como a melhor entre as cervejarias inscritas no Concurso Brasileiro de Cervejas com 18 medalhas, sendo seis de ouro. A segunda melhor foi a La Birra, de Caxias do Sul (RS), com 12 medalhas, e o terceiro lugar ficou com a Opa Bier, de Joinville (SC), que teve 10 medalhas.

Em 2025, o ouro como melhor cerveja do Concurso Brasileiro de Cervejas foi para a Cervejaria Araucária, de Maringá (PR), com a cerveja Orvalho do Mar. Já a prata ficou com a Comparsa Etílica Vale 4, de Novo Hamburgo (RS), com a Vale 4 Weiss com Malte Defumado. Já o bronze ficou com a Opa Bier, de Joinville (SC), com a Catharina Sour Morango e Maracujá sem álcool e sem glúten.

Feira e Seminário fomentaram negócios e conhecimento

Duas programações técnicas marcaram a programação. Na Feira Brasileira da Tecnologia Cervejeira, cerca de 30 expositores apresentaram soluções que foram de matérias-primas a tecnologia, passando por equipamentos dedicados ao setor cervejeiro.

Já no Seminário Internacional da Cerveja, dezesseis palestras fomentaram conhecimento e debate sobre temas que foram da gestão de pessoas ligadas ao setor cervejeiro até as expectativas de mercado para o segmento, passando por informações sobre estilos e escolas cervejeiras, técnicas de produto e produção e gestão.

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