Neurocirurgia ainda é o tratamento mais eficaz para tumores cerebrais

Neurocirurgia ainda é o tratamento mais eficaz para tumores cerebrais.

Ainda não existe nenhum conhecimento médico que defina exatamente porque os tumores cerebrais primários se desenvolvem. Acredita-se que seja alguma alteração genética que possa levar a pessoa a apresentar a doença em uma fase da vida. Por isso, a melhor prevenção continua sendo o diagnóstico precoce: quanto menor o tumor, maior as chances de tratar esse paciente. Esse é o objetivo da campanha do Maio Cinza e um alerta que o Hospital INC (Instituto de Neurologia de Curitiba) reforça na reta final do mês.

Os tumores cerebrais malignos são mais frequentes em idosos e também nas pessoas do sexo masculino, enquanto que os tumores benignos, como os meningiomas, são mais comuns nas mulheres. De acordo com o neurocirurgião Ricardo Ramina, chefe do Departamento de Neurocirurgia do INC, os tumores cerebrais mais frequentes são os gliomas, que podem ou não ser agressivos. “Os gliomas menos agressivos podem ter cura com tratamento cirúrgico. Os avanços da tecnologia e da ciência nos permitem tratar pacientes que, no passado, a gente não conseguia. Com o diagnóstico precoce, técnicas cirúrgicas, de radioterapia e de quimioterapia, a gente tem conseguido curar um grande número de pacientes”.

Neurocirurgia ainda é o tratamento mais eficaz para tumores cerebrais
Neurocirurgia ainda é o tratamento mais eficaz para tumores cerebrais. Divulgação

Os avanços da tecnologia e da ciência, nos últimos 20 anos, possibilitam hoje um primeiro diagnóstico muito mais preciso, com tomografia computadorizada e ressonância magnética, além do desenvolvimento de técnicas cirúrgicas com novos instrumentos e microscópios, neuronavegação e o emprego de um corante chamado 5-Ala. “A cirurgia continua sendo o principal fator de sucesso no tratamento dos tumores cerebrais”.

Primeiro Centro de Neuro-Oncologia, fora da Europa

Em parceria com a Universidade de Münster, na Alemanha, o Hospital INC está em processo de acreditação como o primeiro Centro de Neuro-Oncologia, fora da Europa, pela Sociedade Alemã de Câncer – que é uma das maiores sociedades do mundo de combate ao câncer. Com um grande número de pesquisas e estudos desenvolvidos, o INC vem colaborando de maneira decisiva, nos últimos anos, para o tratamento de tumores cerebrais no Brasil e na América Latina.

Hoje, estão em desenvolvimento no INC dois estudos importantes para tratamento de tumores malignos, com o uso de técnicas de nanoterapia e de fototerapia dinâmica e aplicação do 5-Ala . “Se investe muito em pesquisas nessa área, no mundo todo, porque esses tumores são desafiadores e podem levar a óbito os pacientes quando são muito malignos”. O neurocirurgião Ricardo Ramina ainda cita como colaborações importantes do INC a realização da ressonância intraoperatória, com a implantação de um aparelho de Gamma Knife Perfexion, o uso do 5-Ala e, principalmente, a técnica cirúrgica que reduz significativamente a invasão do paciente e oferece um bom prognóstico.

Sintomas

O sintoma mais frequente em pacientes que desenvolvem tumores cerebrais é a dor de cabeça persistente, aquela que a pessoa nunca teve e que continua incomodando durante muito tempo. Além disso, podem ocorrer alterações visuais – do tipo perda visual, com diminuição da visão de um olho, ou às vezes nos dois olhos – alteração da força nos braços e nas pernas, desmaios e também crises convulsivas.

 Sobre o Hospital INC 

O Instituto de Neurologia de Curitiba (INC) é uma instituição hospitalar referência no atendimento de pacientes neurocirúrgicos, neurológicos e cardiológicos de alta complexidade. Possui o centro neurocirúrgico mais tecnológico do Brasil, é pioneiro na América Latina em obter tecnologias como GammaKnife – cirurgia cerebral sem corte – e o primeiro a utilizar a ressonância magnética intraoperatória no país. Seu corpo clínico é composto por mais de 300 profissionais responsáveis pelo atendimento a pacientes de todo o Brasil e de diversos países da América Latina em neurologia, neurocirurgia, cardiologia e cirurgia cardíaca, além de oncologia, otorrinolaringologia, dermatologia, cirurgia digestiva, ortopedia, dentre outras.

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